Oktoberfest 1988
Hoje, com a inflação baixa, é difícil acreditar que uma das grandes preocupações na 5ª Oktoberfest, em 1988, era o preço do chope. O país estava digerindo mais um pacote econômico e havia um severo controle de preços. O chope era um dos itens visados pela Sunab, embora seu preço estivesse liberado. Mas as cervejarias prometeram manter os mesmos Cz$ 250,00 (duzentos e cinqüenta cruzados - sabe-se lá quanto valia isto) nos 17 dias da festa. Os fiscais bem que andaram por aqui, mas não autuaram ninguém. Nem incomodaram os vendedores de comidas típicas. Naquele ano, o prato de maior sucesso foi o porco na brasa.
Na 5ª Oktoberfest começou uma polêmica que não terminaria até os dias de hoje: não seria melhor proibir outras músicas que não fossem alemãs nos pavilhões da Proeb? Bem, o alemão mais ilustre daqueles anos - Helmut Högl, que vinha pela quarta vez a Blumenau - não compartilhava dessa idéia. Tanto é que um dos seus maiores sucessos no palco era Hilariê, da Turma da Xuxa. Os que torciam o nariz para essa ousadia, argumentavam que essa música agitava muito o público e gerava insegurança nos pavilhões. .
Mas Helmut Högl não se importava com isso. Ele já estava consagrado definitivamente na Oktoberfest com o hino Hallo Blumenau, composto em 1987, mas que somente em 1988 se tornou difundido. Nesse ano, o público superaria pela primeira vez a marca de 1 milhão de pessoas. Na contagem oficial, entraram 1.009.057 pessoas na Proeb, que consumiram 721.652 litros de chope.